sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bono Vox e o Cristianismo


Eu me amarro em U2. Eu poderia ficar aqui enumerando as músicas que, para mim, são totalmente fantásticas mas ia gastar muito tempo nessa empreitada. Quem nunca curtiu ouvir a melodia da banda considerada mais influente do nosso tempo com os vocais do Bono Vox?

Abaixo segue um trecho traduzido do livro lançado pelo jornalista Michka Assayas ("Bono: in conversations with Michka Assayas") cujo conteúdo resume-se a um franco e interessante bate-papo do líder e ícone Bono sobre política, família, música, e principalmente, Jesus Cristo. O original está em inglês, no site da Christianity Today aqui: 

Enjoy!
Biel



Bono: A minha compreensão das escrituras foi feita simplesmente pela pessoa de Cristo. Cristo ensina que Deus é amor. O que isso significa? Significa para mim um estudo sobre a vida de Cristo. Amor aqui é descrito como uma criança nascida num lar pobre, vulnerável e sem honra. Eu não deixo minha religião muito complicada. Bem, eu penso que eu conheço quem é Deus. Deus é amor e quanto mais eu falo deste amor, mais eu permito ser transformado pelo amor e agir por esse amor, que é minha religião. As coisas se tornam complicadas quando eu tento viver esse amor. Não é fácil.
Assayas: E o Deus do Antigo Testamento? Ele não era tão “paz e amor”?
Bono: Nada afeta a minha visão de Cristo. O evangelho mostra uma figura de exigência, às vezes até dividindo o amor, mas mesmo assim, continua sendo amor. Eu acredito no Antigo Testamento como um filme de ação: sangue, carros se batendo, efeitos especiais, o mar se abrindo, assassinatos, adultérios, a criatura de Deus com desejo de matar, rebelde. Mas a maneira que eu vejo uma relação de Deus é como um amigo. Quando você é criança você precisa de instruções e regras. Mas com Cristo, nós temos acesso a um relacionamento mais íntimo, enquanto no Antigo Testamento, a relação de adoração era mais vertical. No Novo Testamento, por outro lado, nós olhamos para um Jesus familiar, horizontal. A combinação é o que faz Ele na cruz (o credo da cruz).
Assayas: Falando sobre filmes de ação, nós falávamos sobre a América Central e do Sul, em nossa última conversa. Os jesuítas falavam sobre a palavra de Deus com uma mão trazendo a Palavra e a outra uma arma.
Bono: Eu sei, eu sei. A religião pode ser inimiga de Deus. Isso acontece quando Deus, assim como Elvis, sai da jogada (risos). As instruções foram ditas e dogmas são seguidos em uma congregação liderada por um homem, em que ele e os outros são guiados pelo Espírito Santo. O problema é quando a disciplina substitui o discipulado. Por que você está me atirando isso?
Assayas: Eu estava imaginando se você disse tudo isso ao Papa no dia em que você o encontrou.
Bono: Não sejamos tão duros com a igreja romana aqui. A igreja católica tem seus problemas, mas quanto mais velho eu fico mais estímulo eu encontro aqui (para lutar pelo que é certo). A experiência de estar em uma multidão de pessoas humildes, oprimidas, de pessoas que oram murmurando…
Assayas: … Então aí você não seria tão crítico.
Bono: Eu posso criticar (a igreja católica). Mas quando eu vejo irmãos e irmãs ajudando no trabalho de AIDS na África, padres e freiras ficando doentes e pobres por estarem dando de si pelas vidas na África, eu sou menos agressivo.
Um pouco mais tarde na conversa:
Assayas: Eu acho que estou começando a entender religião porque eu estou agindo e pensando como um pai. O que você acha disso?
Bono: Eu acho que é normal. É a mente se transformando com conceitos de que Deus, que criou o universo, pode estar querendo companhia, um relacionamento de verdade. Mas o que me deixa ajoelhado é a diferença de graça e carma.
Assayas: Eu nunca ouvi você falar disso
Bono: Eu acredito que nós somos movidos pelo carma, mas um nos move pela Graça.
Assayas: Eu não entendi
Bono: A idéia de todas religiões é o carma. Sabe, o que você fala volta pra você, olho por olho, dente por dente, ou na física, toda ação causa uma reação. É muito claro para mim que o carma é o coração do universo. Eu tenho certeza absoluta disso. Mas aí surge uma idéia chamada Graça, em que mesmo com o “tudo o que você planta, colherá” desafia a razão e a lógica. O amor “interrompe” as conseqüências de suas ações (com o perdão), que no meu caso é algo muito bom, pois eu faço muitas besteiras.
Assayas: Eu ficaria interessado em ouvir isso
Bono: Isso é entre eu e Deus. Mas eu teria grandes problemas com carma se ele definisse meu julgamento (seria condenado). Estou me mantendo pela Graça. Creio estar livre, pois Jesus levou todos os meus pecados na cruz, porque eu sei quem eu sou e espero não depender da minha religiosidade.
Assayas: “O filho de Deus que tira o pecado do mundo”. Eu queria acreditar nisso.
Bono: Mas eu amo a idéia do sacrifício de Cristo. Eu amo a idéia de Deus dizer: “Olhem seus cretinos, terão conseqüências o que vocês estão fazendo, vocês são muito egoístas e são pecadores por natureza e, vamos encarar, você não está vivendo uma vida muito boa, está?” E existem conseqüências para os atos. A idéia da morte de Cristo é que Cristo levou os pecados desse mundo, então ele (o pecado) não pode mais habitar em nós, e a nossa natureza pecaminosa não nos levará para a morte. Esta é a idéia. Isso deveria nos fazer mais humildes… não é por sermos bons que vamos para o paraíso.
Assayas: É uma grande idéia, e não estou negando. Esperança é algo maravilhoso, até mesmo quando parece ser alucinação, em minha percepção. Cristo tem seu status ao redor do mundo nos maiores críticos e pensadores. Mas o “Filho de Deus”, isso não é um pouco forçado?
Bono: Não, isso não é forçado para mim. Olhe bem, a história de Cristo como não sendo ligada a religião sempre é vista assim: Ele era um grande profeta, um rapaz muito interessante, tinha muito o que dizer de importante até para outros profetas. Mas na verdade Cristo não permite dizer isso. Cristo diz: “Não, eu não estou dizendo que eu sou um professor, não me chamem de professor. Eu não estou dizendo que sou um profeta. Eu digo: “Eu sou o Messias”. Eu digo: “Eu sou Deus encarnado”. E as pessoas dizem: “Não, não, por favor, seja somente um profeta. Um profeta nós conseguiremos aceitar”.
E Bono diz mais tarde, como considerar Jesus:
Bono:… Se nós pudéssemos ser um pouco mais como Ele, o mundo seria transformado. Quando eu olho para a Cruz de Cristo, o que vejo é que lá estão todos os meus pecados e os pecados de todas as pessoas do mundo. Então eu pergunto a mim mesmo uma pergunta que muitos fazem: Quem é esse homem?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

"O Deus pródigo", de Tim Keller

Desde que voltei do acampamento dos adolescentes da IPJG (foi muito legal participar da equipe, cansativo, mas muito bom! hehe) que eu não postava nada neste blog, por conta do ritmo forte de estudos tanto na PUC quanto no Seminário. Pois bem, o post de hoje vai para indicar um livro totalmente fantástico do aclamado Tim Keller.

O Rev. Keller é pastor da Redeemer Presbyterian Church, em Manhattan, que é considerada por muitos como uma das igrejas mais relevantes do planeta. O próprio Keller é um dos autores best-sellers do New York Times, renome para poucos.

Neste pequeno livro de facílima leitura (me impressionei como o Keller escreve bem! A tradução também ficou boa, coisa nem sempre fácil em algumas editoras brasucas), Keller nos mostra a essência do evangelho de Cristo na famosa parábola do "pai com seus dois filhos" (obs - definitivamente nunca mais chamarei esse texto de Lc15 como a "parábola do filho pródigo"!) mostrando que, em suma, existem dois tipos de pessoas no mundo: os irreligiosos não-salvos e os religiosos não-salvos. Ambos precisam da graça de Cristo para terem um relacionamento de verdade com o Pai Amoroso.

Confesso que ler um bom livro sobre uma temática até frequente nas minhas mensagens e conversas me deixa muito feliz. Creio que há uma necessidade de alertarmos aos religiosos que eles também precisam da graça de Cristo, mesmo que frequetem uma igreja todo domingo ou tentem seguir a Bíblia à risca. Tudo isso sem um relacionamento de verdade com o Pai não gera nada de justo. Pelo contrário.

Fica aqui a indicação: "O Deus Pródigo" (The Prodigal God), de autoria de Tim Keller, publicado aqui no Brasil pela Thomas Nelson.

nEle, que nos salva tanto da rebelião, quanto da religião,
Biel

terça-feira, 15 de março de 2011

Alguns pensamentos sobre “Rede Social”


  Mesmo com o temporal que caiu no sábado (primeiro seria @ Marcia’s, e acabou sendo @ Lycia’s – e aqui fica um sincero obrigado a vocês!), vimos o grande sucesso de bilheteria “The Social Network” (Rede Social) que conta a conturbada criação daquilo que já faz parte da vida de muita gente – e da minha também – o Facebook. Nosso objetivo é sempre discutir o que podemos aprender com esses filmes para a nossa vida, tanto para o mal, como para o bem. Como prometido, coloco aqui no blog os comentários sobre o que vimos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fugidinha

 Queridos amigos, tirarei alguns dias de férias com família e amigos muito mais que queridos. Tempo bom para descansar, rir muito e contemplar a beleza da obra do Criador. 

Quando voltar, posto os tópicos de Atos 3, 4 e é claro, coisas sobre a viagem!





nEle, que é a fonte de toda alegria,

Biel

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um maravilhoso exemplo do que é SIM uma vida no Espírito (aproveitando o post passado).

Nick Vujicic, 29 anos, é australiano e nasceu numa família cristã. O grande detalhe: ele nasceu com uma raríssima desordem física chamada "Tetra-amelia". Resultado: Nick não tem os dois braços e as duas pernas. Veja nesse video o que é ter uma vida cheia do Espírito Santo com o exemplo de fé de Nick (mesmo que ele tivesse inúmeros motivos para ser ateu) e se emocione, como eu me emocionei.



nAquele que é a nossa luz, mesmo que todos digam que não,
Biel